O Deus da criação olhou a vasta expansão do universo no momento em que o criava e nenhum outro ser estava ao seu lado para presenciar aquele silêncio absoluto. Sentado sobre uma flor de lótus sustentado sobre as águas, ele podia sentir sua respiração, o prana, a força vital do universo. Uma voz soou então dentro da escuridão de sua solidão – tapas, que em sânscrito significa austeridade.
Obedecendo sua intuição, ele começou a rezar. Questionou-se sobre o derradeiro propósito da vida, queria conhecer sua origem, saber de onde tinha vindo.
Durante milhares de anos, BRAHMA observou tapas e com isso encontrou o divino dentro de seu coração. E finalmente sentiu o impulso, dentro de si, para organizar a criação. Ele havia sido escolhido para ser a expressão desse divino impulso criativo. Essa versão, constante do texto Brahma Samhita, ensina que o impulso criativo requer sacrifício para que a potência e a abundância do espírito possam se manifestar em nossa vida.
BRAHMA é criador de todos os seres vivos, a semente de tudo o que é. Ele é imensidão infinita, da qual se originam espaço, tempo e causa. È doador de conhecimento, das artes e das ciências. Filosoficamente, é o primeiro estágio da manifestação da noção de existência individual. Teologicamente, é o criador não-criado, o primeiro a ser nascido.
A representação do Deus BRAHMA é cheia de significados.
Os principais são:
*A flor de lótus sobre a qual ele fica em pé ou o cisne sobre o qual senta: SABEDORIA
* As quatro cabeças: podem enxergar em qualquer direção e lembram os quatro Vedas, as quatro yugas (épocas do tempo) e as quatro varnas ou castas (estratificação social das pessoas na Índia)
* Os olhos fechados: postura de meditação
* Os objetos nas mãos (que variam, dependendo da pose em que o Deus é retratado):
- aksamala, rosário de contas ou mala (cordão), que representa o tempo
- kurcha, escovinha feita de erva indiana chamada kusha, considerada sagrada e usada em muitos ritos
- sruk: uma concha de madeira usada para verter ghee, a manteiga clarificada no fogo durante rituais. A haste dessa concha devia ter o mesmo comprimento do braço do sacerdote; o ghee usado nos rituais significa auspiciosidade.
- sruva, colher de cobre, prata ou bronze, também usada nos rituais para oferecer ghee ao fogo sagrado.
- kamandalu, pote d’água, que lembra as águas em que toda a criação se originou
- pustaka, livro, indicando o conhecimento sagrado e o secular
As escrituras informam que cada dia a cada noite de Brahma têm 4 bilhões e 320 milhões de anos terrestres, e que 1.000 ciclos de quatro eras estão contidos nesse tempo, No final de cada dia desse Deus, uma colossal nuvem é chamada pelo rei dos céus Indra, para inundar o universo. E então todas as criaturas permanecem latentes até seu dia de começar novamente.
Há duas versões sobre o nascimento de BRAHMA. Na primeira, ele surge como Hiranyagarbha dentro de um ovo de ouro, que se divide em duas partes: metade torna-se o plano celestial, metade torna-se a Terra. Entre as duas partes surge o céu.
Na outra versão, o Deus é conhecido por nascer de uma flor de lótus que sai do umbigo de Vishnu. Daí advêm dois de seus muitos nomes: Nabhija (nascido do umbigo) e Kañja ( nascido da água).
Outros de seus nomes são:
Prajapati, o Deus da progenitora (do qual todos os seres humanos são herdeiros); Pitamaha, o patriarca:
Vidhi, aquele que ordena:
Lokesa, o mestre dos mundos: e
Dhatt, aquele que sustenta.
BRAHMA é ainda Visvakarma, o arquiteto do mundo. O nome Narayana, aquele que permanece nas águas, foi o primeiro atruibuído a BRAHMA, passando posteriormente a indicar Vishnu.
FONTE:
http://amyoga.com.br/?page_id=322
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CEIÇA DA HUMANIDADE & ANJOS
Taróloga e Terapeuta Holística
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