CROMOTERAPIA
CROMOTERAPIA NO EGITO
Os papiros contam que o Deus Thot era o mestre das cores, e que ele as
utilizava com a finalidade de curar e de despertar as faculdades
espirituais. A cor amarela de Ísis estimulava o mental, enquanto que a
cor vermelha de Osíris aumentava a força vital.
CROMOTERAPIA NA CHINA
Os chineses da antiga China utilizaram sobretudo as cores no diagnóstico
das pertubações da saúde e na dietética. O diagnóstico chinês
compreende quatro fases importantes: a observação, a auscultação, o
questionário e a palpitação. Na fase importante da observação, o prático
nota cuidadosamente a tez e as colorações do rosto:
- o excesso de vermelho corresponde a uma pertubação do coração;
- o excesso de amarelo corresponde a uma pertubação do baço;
- o excesso de branco corresponde a uma pertubação dos pulmões;
- o excesso de negro ou escuro corresponde a uma pertubação nos rins;
- o excesso de verde corresponde a uma pertubação do fígado.
As 5 cores patológicas ligam-se a teoria chinesa dos 5 elementos:
a madeira, o fogo, a terra, o metal e a água.
Como na Índia, a China desenvolveu um sistema completo de yoga corporal e
energética chamada Chi Kung. Os mestres dessa arte dizem que, num certo
nível de prática, certas cores aparecem diante das pálpebras fechadas.
Essas cores tem uma significação; elas indicam os problemas físicos ou
mentais do praticante. É razoável pensar que foi dessa maneira que foram
descobertas certas propriedades terapêuticas das cores. Nesse método
dos Chi Kung, as cores também são utilizadas em visualização, usando
certos circuitos definidos no interior do corpo e, em particular, os
meridianos "curiosos" da acupuntura chinesa.
CROMOTERAPIA NA GRÉCIA E NO IMPÉRIO ROMANO
A Helioterapia (ou método de cura pelos raios solares) era muito
utilizada pelos terapeutas dessa época; infelizmente, restam poucos
documentos precisos sobre as práticas exatas, da mesma forma que sobre
as medicinas druídicas e sobre as dos índios da América do Sul, que
também usavam as cores e sua relação com as posições planetárias do dia
do nascimento (astrologia medicinal).
CROMOTERAPIA NA ÍNDIA
Esse país foi o que melhor contribuiu para a descoberta das leis sutis
da cura, e em particular, da cromoterapia. Duas grandes correntes
marcaram sua história: a via do Tranta (a da experiência) e a via de
Shankara e Patanjali (a da ascese). Esses iogues consideram o homem como
uma parte do universo capaz de realizar sua identidade com esse mesmo
universo (estado de consciência chamado Samadhi). Nesse estado,
numerosos sábios (rishis) dos tempos védicos compreenderam, por
intuição, as leis da cura física e mental colocando as bases da ciência
médica ayurveda. Essa ciência antiga, ainda pouco conhecida no Ocidente,
compreende a terapia das plantas, a dietética, a massagem, as limpezas
internas, a respiração, o uso dos sons (nada-yoga), assim como a
cromoterapia.
Para os terapeutas hindus, a cor é ao mesmo tempo objetiva e subjetiva. A
cor age sobre o corpo sutil do homem num nível de energia que toca ao
mesmo tempo o mental e o físico. Esse corpo de energia sutil foi posto
em evidência, de uma forma quase científica, pelo pesquisador russo
Kirlian, que conseguiu cristalizá-lo sobre a fotografia.
Esse corpo de energia sutil parece estar em íntima relação com o sistema
endócrino do homem. O controle desse corpo energético se efetua graças a
centros que a tradição chama de chakras. Uma teoria bem próxima da
acupuntura chinesa, afirma que a corrente eletromagnética terrestre
entra nos chakras dos pés, depois sobe ao longo do sistema nervoso
espinhal, onde pára a um certo nível marcando a evolução do indivíduo.
Para a tradição hindu, os seres humanos que ultrapassam o chakra da
garganta são pessoas muito excepcionais, capazes de se autocurar e de
curar os outros. Quanto mais a circulação da energia se relenta nos
canais sutis, mais o homem se torna materialista.
De acordo com a medicina tradicional indiana ayurvédica, cada um desses
centros de energia pode ser tratado em certas pertubações físicas
particulares. Os textos antigos afirmam que as cores e os sons
desempenham um papel importante no equilíbrio do corpo sutil do homem e,
igualmente, sobre sua saúde."
FONTE:
www.joseroberval.com.br